Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas…Confira o que temos a dizer sobre os principais questionamentos dos pacientes com Esclerose Multipla (EM):
O que é Esclerose Múltipla?
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, autoimune, caracterizada pela inflamação da membrana que envolve os nervos, chamada mielina. Este estado inflamatório interfere na transmissão de impulsos nervosos entre o cérebro e o corpo, causando os sintomas observados na doença.
O que significa doença autoimune?
Doença autoimune é uma condição em que o sistema imunológico, que deveria proteger o organismo, principalmente de infecções, ataca células ou órgãos saudáveis do próprio corpo. Na Esclerose Múltipla, o ataque se direciona à mielina do cérebro e da medula espinhal, causando inflamações nestas estruturas.
Quais são as causas da EM?
A EM é uma doença idiopática, ou seja, sem causa definida. O que se sustenta é que, provavelmente, a doença ocorra em indivíduos que tenham predisposição genética e que sejam submetidos a determinados fatores ambientais, como deficiência de vitamina D, infecções virais na infância, região de nascimento etc. Nesse sentido, é considerada multifatorial.
Existe uma forma de evitar a EM?
Por ser uma doença de causas indefinidas, não há como prevenir sua ocorrência. Os tratamentos são prescritos somente após o diagnóstico.
Quais os sintomas mais comuns da EM?
Os sintomas da esclerose múltipla são variados e consequência das diferentes áreas de inflamação no cérebro e na medula espinhal. Os mais comuns são: baixa visual, fraqueza nos membros, dormência ou formigamento no corpo, visão dupla, dificuldade para falar ou engolir, fadiga, incontinência urinária, desequilíbrio, problema de coordenação dos membros, tonteira e perda de memória. Essas ocorrências, sua gravidade e duração variam de acordo com cada pessoa.
Que exames ajudam no diagnóstico de EM?
É necessária uma ampla investigação para se chegar ao diagnóstico preciso de EM, incluindo, principalmente, o exame de ressonância magnética do crânio e da medula espinhal, além do exame de líquor, que detecta a presença de anticorpos contra a mielina. Também é importante que o paciente tenha uma história clínica compatível com o curso da doença.
Esclerose Múltipla tem cura?
Até o momento, não existe cura para a EM, mas é uma doença que pode ser controlada, por meio do uso contínuo de medicação orientada pelo neurologista.
Como saber qual o melhor tratamento a seguir?
O tratamento de EM é individualizado, definido pela intensidade de inflamação no cérebro e na medula espinhal que o paciente apresenta. Existem mais de dez tratamentos diferentes e, portanto, o paciente precisa buscar suporte especializado para que seja tomada a decisão mais adequada.
Como o tratamento pode ajudar?
O tratamento diminui a possibilidade de novos surtos, previne a progressão dos sintomas neurológicos, reduz as lesões observadas na ressonância magnética e também minimiza a perda de volume do cérebro.
EM é contagiosa?
A Esclerose Múltipla não é contagiosa. Como dito anteriormente, é uma doença autoimune.
Como reconhecer um surto?
O surto se define a partir do surgimento de um sintoma típico de EM, que se inicia de forma súbita, ou no agravamento de um sintoma já existente, durante um período superior a 24 horas. Alguns pacientes podem apresentar mais de um sintoma associado.
Como é tratado um surto de EM?
O melhor tratamento é o chamado de Pulsoterapia, caracterizado pelo uso de corticoides de aplicação venosa.
É possível engravidar tendo EM?
Sim. Gravidez e EM são compatíveis, mas antes de tomar essa decisão é aconselhável que a mulher esteja com a doença estabilizada por, pelo menos, um ano. Ao confirmar o estado gravídico, o médico dará as devidas orientações e determinará a suspensão imediata da medicação.
A medicação interfere na amamentação?
Sim, por isso há suspensão dos remédios durante o tempo de amamentação.
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