Depressão e Ansiedade na Esclerose Múltipla

Estudos realizados pelo neurologista colombiano, Carlos Navas, sugerem que sintomas como depressão e ansiedade são comuns em quem tem esclerose múltipla, pois a inflamação causada pela doença seria um gatilho, associada a fatores ambientais, como infecções, e à suscetibilidade genética do sistema imune.

De acordo ele, que é especialista em EM, esses transtornos afetam aqueles que possuem pouca qualidade de vida, nível alto de fadiga e menos adesão às medicações, o que leva à afirmação de que estão ligados à progressão da doença. “Em uma amostra de 2300 pacientes, aqueles com comorbidades psiquiátricas tiveram resultados na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) acima de 3 pontos, em um período de 10 anos de acompanhamento”, relata o estudo de Navas.

Ainda segundo o estudo, a depressão é mais comum em pacientes com EM, com uma prevalência média de 31,7%, enquanto esse percentual é de 20,5%, na população geral. O pico de prevalência é de 45 a 59 anos, em ambas as populações.

A síndrome depressiva tem um impacto importante no desempenho cognitivo, na fadiga, na qualidade de vida, na incapacidade física e na qualidade do sono, portanto, o tratamento da depressão em pacientes com esclerose múltipla é fundamental para melhoria desses aspectos.

Quanto à ansiedade, esta acomete cerca de 35,6% dos pacientes com EM, enquanto, na população em geral, esse percentual é de 29,6%. Curiosamente, o estudo revelou que, entre as pessoas com EM Remitente Recorrente, as mulheres são mais ansiosas do que os homens, principalmente as jovens, com idades entre 15 e 24 anos.

A Associação de Grupos Alimentares com Depressão e Ansiedade

A chamada dieta mediterrânea, baseada no consumo de alimentos frescos e naturais, foi apontada como uma alternativa para reduzir os índices e a gravidade de quadros de depressão e de ansiedade. Além disso, na conclusão de Carlos Navas o consumo de grãos e vegetais também é importante para a saúde mental do indivíduo.

Referência: “Trastornos Psiquiátricos en la Esclerosis Múltiple”, por Carlos Navas, neurologista de Bogotá, especializado em doenças desmielinizantes

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