Quais são os sintomas da Esclerose Múltipla?

Os sintomas que um paciente com esclerose múltipla pode apresentar variam enormemente, tanto quanto aos tipos, quanto como a intensidade, duração, repercussão na função, ou seja, o quanto incomodam na vida diária, atrapalhando ou não a qualidade de vida de cada indivíduo. Por estes motivos, não devem ser comparados entre pacientes diferentes e, obviamente, estes sintomas não são obrigatórios. Há muitos pacientes sem nenhum sintoma.

Os sintomas podem ser:
1) Primários, ou seja, resultado da lesão direta da doença no sistema nervoso central (SNC);
2) Secundários, quando resultam dos sintomas primários e
3) Terciários, quando correspondem aos efeitos acumulados da EM ao longo da vida, que dificultam o contato social, frustram a busca de vocações e geram efeitos psicológicos.

Conheça os sintomas:

O primários mais comuns são:

Fadiga: Ocorre em cerca de 80% dos pacientes não tratados. Pode ser o sintoma mais debilitante do paciente

Dificuldade no caminhar (marcha): Está relacionado a outros sintomas, como a fadiga, fraqueza, espasticidade e perda de equilíbrio.

Adormecimento e/ou Formigamento: Estão entre os sintomas mais comuns da doença e acomete qualquer parte do corpo.

Espasticidade: Rigidez (aumento do tônus muscular) e ocorrência de contrações musculares involuntárias nos membros, especialmente nas pernas.

Fraqueza: Também um sintoma muito comumente observado.

Alterações da visão: Em muitos casos, este é o primeiro sintoma da EM, e inclui problemas como visão borrada e dificuldade na percepção de contraste e na visão de cores.

Tonturas ou vertigem: Muitos pacientes com EM podem sentir perda de equilíbrio e a sensação de tontura não rotatória de difícil caracterização, descrita como “cabeça vazia” ou “cabeça leve”. Mais raramente há uma sensação de vertigem, tontura rotatória.

Problemas de bexiga: Cerca de 80% dos pacientes com EM não tratada experimentam disfunções da bexiga.

Problemas sexuais: Diferentes fatores ligados à EM, tais como danos ao sistema nervoso, a espasticidade, a fadiga e as alterações psicológicas podem afetar a vida sexual.

Problemas intestinais: Principalmente a constipação e a perda de controle do intestino.

Dor: Casos de dor aguda no curso da EM podem ocorrer, assim como a sensação de dor crônica, mas esta não é uma doença tipicamente dolorosa.

Alterações cognitivas: Podem ocorrer uma série de alterações nas atividades mentais superiores, tais com velocidade de processamento de informações novas, a concentração e a capacidade de aprender e lembrar novas informações.

Alterações emocionais: Principalmente as alterações do humor e a irritabilidade.

Depressão e Ansiedade: Comumente observadas

Os sintomas primários menos comuns são:

Problemas de fala: Geralmente acontecem mais tarde no curso da doença.

Dificuldade de deglutição: Conhecido pelos especialistas como disfagia.

Tremor: Que pode ser de diferentes tipos.

Convulsões: São raras.

Problemas respiratórios: Pessoas que sofreram enfraquecimento dos músculos do tórax devido à doença estão mais inclinadas a apresentar problemas respiratórios. Também são raros.

Coceira: Raramente.

Dor de cabeça: Apesar de este não ser um sintoma comum na EM, existem estatísticas sobre o aumento da frequência de certos tipos de dor cabeça nos pacientes com EM.

Perda de audição: Raramente

Os Sintomas Secundários são:
• Infecções do trato urinário – devido à disfunção na bexiga.
• Perda de tônus muscular
• Alterações de postura
• Osteoporose (diminuição da densidade óssea)
• Dificuldades respiratória
• Úlceras e feridas de pressão

Por Leandro Calia, neurologista clínico, especializado em Esclerose Múltipla e outras doenças inflamatórias do Sistema Nervoso Central (SNC), doenças neuromusculares e cefaleias

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