A vitamina D é um hormônio muito importante para o funcionamento do nosso organismo. Esta vitamina é fundamental na absorção e fixação do cálcio, para o desenvolvimento saudável dos ossos e dentes. Além de garantir o equilíbrio mineral dos ossos, também tem ação nos rins, intestinos e em diversas células que possuem receptores específicos para Vitamina D, como os linfócitos, que são células do sistema imunológico, células da pele, do pâncreas, dos músculos e os neurônios. A função que a vitamina D exerce sobre os linfócitos é de sinaliza-los a um comportamento anti-inflamatório, assim, ela tem seu papel nas doenças inflamatórias e nas doenças em que os linfócitos estão envolvidos, como por exemplo, a esclerose múltipla.
Mas, afinal, diante de tantos benefícios, a vitamina D pode ser usada isoladamente, como tratamento para a doença? Embora, em alguns estudos, o uso da vitamina D associada a medicamentos imunomoduladores específicos para esclerose múltipla tenha levado à redução do número de surtos e de novas lesões, não há comprovação científica de que seu uso isolado no tratamento de EM seja capaz de controlar ou curar a doença. Além disso, também não foram demonstrados benefícios com doses acima daquelas consideradas não tóxicas ou toleráveis pelo organismo, ou seja, 10.000 unidades/dia. Assim, o ideal é que o uso de vitamina D esteja associado ao medicamento prescrito para o tratamento.
Dê valor para a Vitamina D
Algumas condições representam risco de deficiência desta vitamina para a população em geral, como o uso de filtro solar, a pigmentação da pele e a pouca exposição ao sol, devido a longo tempo de permanência em ambiente interno. As limitações motoras presentes na esclerose múltipla são fatores que contribuem para menor exposição aos raios ultravioletas e problemas na absorção de lipídios ou dieta pobre são outras causas para níveis sanguíneos baixos da vitamina D.
Desta forma, fique atento às fontes de vitamina D: na alimentação, inclua óleos de fígado de peixes, principalmente de salmão e sardinha, e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos. Ovos e margarinas enriquecidas também são considerados fontes dessa vitamina. E é importante lembrar que a exposição do corpo aos raios do sol contribui com a síntese desta vitamina pelo organismo.
Claudia Vasconcelos, neurologista e coordenadora científica do site Esclerose Múltipla Rio
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