Altas doses de vitamina D podem agravar a inflamação e a perda de mielina no cérebro e na medula espinhal, além de piorar a incapacidade associada à esclerose múltipla (EM).
Esses foram os dados divulgados de um estudo realizado pelo neurologista Sebastian Torke, PHD do Instituto de Neuropatologias da Alemanha, apresentado, em fevereiro, no Fórum do Comitê para o Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla das Américas (ACTRIMS) 2020.
De acordo com ele, em longo prazo, o uso excessivo de vitamina D pode fazer com que os níveis de cálcio aumentem, afetando diretamente o estado inflamatório das células imunes e sua capacidade de se infiltrar no sistema nervoso central. No entanto, suplementos dados com moderação podem ajudar a aliviar os sintomas da doença.
Para esclarecer se esses suplementos oferecem benefícios terapêuticos aos pacientes com esclerose múltipla, o estudo se propôs a modelar as consequências dessa prática comum, investigando os efeitos dos suplementos de vitamina D em ratos, em longo prazo.
Os ratos foram alimentados com uma dieta contendo baixa concentração (menos de 5 UI de vitamina D3 / kg de alimento), uma quantidade padrão (1.500 UI / kg) ou uma dose alta (75.000 UI / kg) de vitamina D3, por 15 semanas.
Os pesquisadores induziram a doença tipo esclerose múltipla nos camundongos e acompanharam seus sintomas clínicos, inflamação e dano no SNC e comportamento das células imunes.
“Nossos dados alertam que os pacientes com EM podem estar em risco de sofrer efeitos imunológicos ou clínicos indesejáveis, quando a vitamina D é suplementada excessivamente”, concluiu Torke.
Fonte: Multiple Sclerosis News Today, artigo “Vitamin D at High Dose Can Worsen MS, Early Study Says”. Para ler a íntegra clique aqui.
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