Não é de surpreender que as pessoas com Esclerose Múltipla tenham depressão ou ansiedade. Os sintomas da doença podem incluir dor, falta de sono, desequilíbrios neuroquímicos, problemas cognitivos, sentimento de tristeza e até alterações de humor, o que são fatores que desencadeiam estes quadros.
De acordo com a Sociedade Nacional de Esclerose Múltipla, a depressão é um dos sintomas mais comuns de quem tem EM e pesquisadores acreditam que a inflamação pode ser a chave para entender este quadro. A chamada depressão clínica é caracterizada por sentimentos persistentes e consistentes de tristeza, irritabilidade, fadiga e perda de prazer, além de outros sintomas, como problemas com foco e insônia.
No caso da ansiedade, ela acontece pois o diagnóstico pode levar à angústia, irritação ou frustração, que são respostas humanas normais, diante da mudança repentina na forma de como se vê o futuro. Incerteza e imprevisibilidade forçam as pessoas a repensar a maneira como viver o dia a dia. Com o tempo, esse sentimento de angústia pode resultar em dilemas de enfrentamento suficientemente graves para levar ao transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
O que você pode fazer sobre a depressão e a ansiedade?
Seja proativo! Enfrentar com coragem as situações difíceis pode deixar você se sentindo mais fortalecido e positivo. Algumas soluções são simples e podem ser auto-administradas. Outras, podem ser organizadas para trazer o alívio que você precisa em momentos difíceis de depressão e ansiedade.
Movimente-se – Mesmo o exercício leve melhora o humor e a inflamação.
Gerencie o estresse – Isso é essencial para uma boa saúde.
Evite substâncias que causam dependência – Livre-se do desejo de se automedicar, quando a dor emocional parece implacável.
Faça um diário – Mantenha anotações de preocupações para “jogar” seus sentimentos obscuros nas páginas.
Converse com seu neurologista sobre sua saúde emocional
Procure suporte – Participe de grupos de apoio, busque aconselhamento ou entre em contato com amigos ou familiares, caso se sinta oprimido por sua depressão ou ansiedade.
É importante ressaltar que se percebe que alguns pacientes possuem recursos psíquicos internos capazes de atuar positivamente no enfrentamento à doença. É possível se ouvir relatos como “aprendi a conviver com a doença” e “agora dou mais valor à vida”, que demonstram uma ressignificação da vida, dando suporte e direcionamento ao atendimento psicoterapêutico. O diagnóstico pode mudar o ser humano para melhor, possibilitando uma nova visão e novos valores de vida.
Fonte: Multiple Sclerosis News Today; escrito por Tamara Sellman
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