No dia 10 de maio, é celebrado o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus, doença complexa, de difícil diagnóstico e que, assim como a Esclerose Múltipla, é autoimune, afetando o sistema imunológico do indivíduo.
As pessoas devem estar atentas aos primeiros sintomas desta doença, para que possam buscar o diagnóstico com brevidade e começar o quanto antes com o tratamento. A ideia da celebração surgiu, justamente, para conscientizar quanto à importância de se conhecer os aspectos desta doença. No Rio de Janeiro, nesta data, além de ações promovidas com pacientes, o Cristo Redentor receberá uma iluminação roxa, cor mundial da doença.
Entenda o Lúpus:
- Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistemaa imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo. Isso gera danos irreversíveis aos tecidos e órgãos e pode levar à morte prematura.
- O Lúpus está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos.
- A doença pode ser classificada de três formas:
:: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – um ou mais órgãos internos são acometidos;
:: Lúpus Cutâneo – restrito à pele;
:: Lúpus Induzido por Drogas – surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.
- O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é a forma mais séria da doença e também a mais comum, afetando, aproximadamente, 70% dos pacientes.
- Afeta, principalmente, as mulheres, sendo 9 em 10 pacientes, com risco mais elevado de início de LES durante a idade fértil.
- Sintomas desencadeados pela doença, como dores nas articulações, podem impedir atividades simples, como a prática de atividades físicas, e também a rotina de trabalho. Com isso, mais de 50% dos pacientes param de trabalhar, em até 15 anos após o diagnóstico de Lúpus.
- Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela com o acompanhamento médico regular.
Incidência e Prevalência:
- Globalmente, o Lúpus afeta, aproximadamente, 40 pessoas a cada 100 mil habitantes.
- No Brasil, estima-se uma prevalência de 98 casos para cada 100.000 brasileiros, sendo, aproximadamente, 200 mil casos de Lúpus no país.
Sintomas mais frequentes do LES:
O LES pode afetar qualquer órgão do corpo e os sintomas podem variar muito em termos de gravidade e de intensidade. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: fadiga debilitante, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações – sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em asa de borboleta”. Podem ocorrer, ainda, manifestações em outros órgãos, como rins, pulmão, coração e cérebro.
Diagnóstico:
O Lúpus é diagnosticado pela presença de um conjunto de sinais, sintomas e alterações em exames. O diagnóstico prematuro de LES é difícil devido aos sintomas não-específicos, como mal-estar, dor nas articulações ou fadiga. Os sinais externos da doença podem ser poucos.
Tratamento:
Deve ser individualizado, dependendo das manifestações apresentadas. O médico reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo que os objetivos incluem: reduzir a atividade da doença, tratar os sintomas e crises, reduzir os danos a órgãos. Um dos grandes desafios dos médicos é fazer um equilíbrio entre o tratamento dos sintomas e a redução dos eventos adversos causados pelas medicações comumente utilizadas.
Fonte: Farmacêutica GlaxoSmithKline
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