Novos rumos no Tratamento para a Esclerose Múltipla

Após três anos de expectativa quanto à inclusão de medicações orais no tratamento de Esclerose Múltipla, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção à Saúde, aprovou um novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a doença, que inclui o Aubagio e o Fingolimode no rol de medicações que podem ser prescritas para tratamento. Com o Protocolo, a ideia é garantir qualidade e precisão de indicação da medicação e atualizar os critérios de diagnóstico, de inclusão e de exclusão, o tratamento e mecanismos de regulação, o controle e a avaliação da doença.

Um dos pontos que merece destaque deste novo Protocolo é o que define a estratégia terapêutica que será seguida pelos médicos, ou seja, a forma como o tratamento deverá ser seguido, de acordo com a resposta do paciente à medicação prescrita.

Desta forma, confira abaixo como fica o encaminhamento do seu tratamento, dentro dos novos critérios estabelecidos:

Medicamentos de PRIMEIRA LINHA: Betainterferonas (Avonex; Rebif), Glatirâmer (Copaxone) ou Teriflunomida (Aubagio)

>> Estes são os fármacos de primeira escolha terapêutica, ou seja, os primeiros que devem ser oferecidos ao paciente. A Azatioprina é considerada uma opção menos eficaz e só deve ser utilizada em casos de pouca adesão às formas parenterais (intramuscular, subcutânea ou endovenosa).

Medicamentos de SEGUNDA LINHA: (Betainterferona (Avonex, Rebif), Glatirâmer (Copaxone), Teriflunomida (Aubagio), Fumarato de Dimetila (Tecfidera) ou Fingolimode (Gylenia)

>> Em casos de intolerância, reações adversas ou falta de adesão a qualquer medicamento da primeira linha de tratamento, é permitida a troca por qualquer outro medicamento, desde que estejam entre os de primeira linha (Betainterferonas, Glatirâmer ou Teriflunomida) ou por Fumarato de Dimetila.

>> Quando o caso for de falha terapêutica ou resposta não favorável a qualquer medicamento da primeira linha de tratamento, é permitida a troca por qualquer outro medicamento, desde que estejam entre os de primeira linha (Betainterferonas, Glatirâmer ou Teriflunomida) ou por Fumarato de Dimetila ou por Fingolimode.

Medicamentos de TERCEIRA LINHA: Fingolimode 

>> Quando há falha terapêutica, após tratamento prescrito na segunda linha de tratamento, recomenda-se o uso do Fingolimode, caso não tenha sido utilizado em segunda linha.

Medicamentos de QUARTA LINHA: Natalizumabe

>> Poderá ser indicado em casos de falha terapêutica ao tratamento da terceira linha ou contraindicação ao Fingolimode, assim como após falha terapêutica ao tratamento recomendado.

Importante ressaltar que o tempo de tratamento ou a troca de medicamento são determinados pela falha terapêutica ou pelo surgimento de efeitos adversos intoleráveis, após serem tomadas medidas para minimizar esses efeitos. A falha terapêutica é identificada quando há o acometimento de dois ou mais surtos, num período de 12 meses, seja ele de nível moderado ou grave (com sequelas ou limitações significantes, pouco responsivas à pulsoterapia) ou quando há evolução do EDSS em 1 ponto ou progressão significativa de lesões em atividade da doença. Todos esses critérios são válidos para qualquer dos tratamentos prescritos.

 

Uma resposta para “Novos rumos no Tratamento para a Esclerose Múltipla”

  1. Avatar de Denilze Malcher Monteiro da Silva
    Denilze Malcher Monteiro da Silva

    Gostaria de saber se o Plano de Saúde é obrigado a fornecer medicamento para a
    Esclerose Múltipla, no caso o Natalizumabe.

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