Um questionamento bastante frequente das pacientes com Esclerose Múltipla é se podem se submeter a procedimentos estéticos. A boa notícia é que a resposta é “sim”, mas alguns alertas precisam ser dados, antes que você saia por aí marcando todo e qualquer tipo de tratamento. A EM é uma doença neurodegenerativa, então, todo procedimento estético vai depender do estágio evolutivo da doença em si, de qual comprometimento o paciente possa ter.
Existem procedimentos corporais e faciais. Sobre os procedimentos faciais minimamente invasivos, é permitida a aplicação de toxina botulínica, o famoso Botox, na face, para rejuvenescimento, frontal e periocular, para minimizar rugas da testa e os chamados pés de galinha, entre outros pontos, para causar relaxamento da musculatura e aparência de rejuvenescimento. Os peelings químicos faciais, que são ácidos utilizados para descamação da pele, podem ser realizados para redução de manchas, acnes e melhora da textura da pele.
O microgulhamento, ou roller, é um tratamento que pode ser associado ao peeling, para reestruturação da derme, aumentando a produção de colágeno e textura da pele. Esse procedimento também melhora cicatrizes de acne e a firmeza da pele. A Luz Intensa Pulsada também é indicada para melhorar a textura, a firmeza e o brilho da pele, além de atenuar linhas de expressão e as olheiras. Outro tratamento que pode ser realizado por quem tem EM é o preenchimento com ácido hialurônico que, em suas várias texturas, pode ser utilizado para harmonizar a face, preenchendo as rugas e os sulcos, e melhorando a firmeza da pele, devido à produção de colágeno. E a depilação definitiva também está liberada, por meio da luz pulsada, que utiliza várias intensidades de ondas para acabar com os pelos das áreas da virilha, axila e buço.
Antes de iniciar qualquer um desses tratamentos, o neurologista deve estar ciente de quais procedimentos a paciente quer realizar, pois alguns devem ser adiados quando próximos a imunoterapias específicas. Além disso, é importante conversar com o dermatologista sobre o caso da paciente e os medicamentos em uso, para avaliação sobre fotossensibilidade de algum medicamento ou sobre efeito de sensibilidade cutânea.
Por Aline Ramalho, dermatologista e infectologista
(CRM RJ 5274797-1)
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