Em muitas fases da vida, Wellington teve sentimentos de medo, angústia, ansiedade e insegurança que tomaram conta dos seus dias, atrapalharam o seu sono e conturbaram a sua rotina. Esses sentimentos não vinham por ter Esclerose Múltipla, mas, sim, por ter a vida acontecendo, assim como qualquer homem. Contudo, percebeu que esses sentimentos intensificavam sintomas da EM, pois aconteciam os famosos falsos surtos, com aparecimento de sintomas antigos.
Um dia, ao conversar com um amigo e professor de meditação, surgiu o convite para aprender a meditar. Num primeiro momento, achou que não era para ele, que não dispunha de tempo, mas acabou se rendendo à técnica.
Hoje, Well conhece muito sobre autocontrole, tem muita percepção do próprio corpo, sabe exatamente a hora que o emocional pede para sossegar, silenciar, colocar-se em postura apropriada e sentir-se vivo em cada respirar, em cada batida do coração. A meditação veio para Well como uma terapia complementar extremamente necessária.
Ele está no caminho certo pois, a boa notícia é que, de acordo com um experimento capitaneado pela Universidade de Melbourne, na Austrália, uma sessão de meditação por semana seria o suficiente para elevar o bem-estar geral e reduzir manifestações de angústia e depressão. E, hoje em dia, meditar é uma prática muito simples.
Well usa a meditação para concentração, foco, para se superar em cada treino para o IronMan e, principalmente, para o controle emocional.
Durante a semana, pausar a vida por uns instantes, contemplar a natureza, respirar e silenciar são atitudes aliadas no dia a dia de um futuro Ironman com Esclerose Múltipla.
Por Juliana Menezes, escritora, integrante do Projeto 50 Metros
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