Um Surto, uma Mudança, outra Vida

Depois de receber o diagnóstico de uma doença sem cura, é comum sermos inundados por diversos sentimentos obscuros. Junto à descoberta inesperada, vem também a convivência com diversos sintomas próprios da doença, os quais alguns sentem de maneira forte, outros, de forma mais leve, assim como há quem fique com sequelas ou nem pareça que tem a doença.

Seguido desse momento de descoberta, vem a escolha do melhor tratamento, a adaptação, as falhas terapêuticas, a reabilitação física e, muitas vezes, também a estabilidade emocional.

Em algum momento deste turbilhão, devemos parar, pensar, se autoanalisar, assim como, em alguma fase, precisamos nos priorizar e sair da zona de conforto. Sabe-se que não é fácil recomeçar, buscar se reinventar, superar-se, criar desafios e se apaixonar novamente pela vida.  É nesse momento que alguns aliados são importantes, como os tratamentos complementares, que trazem a proposta de qualidade de vida, porque, sim, a qualidade de vida existe para quem tem EM também.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), trinta minutos de exercícios por dia já fazem diferença. Com a prática diária, o corpo e a mente ganham mais disposição para realizar outras tarefas e o indivíduo passa a se sentir mais forte, com mais flexibilidade e disposição.

A ciência afirma que exercícios moderados têm efeito anti-inflamatório no organismo, fazendo com que a sinalização entre insulina e célula melhore. Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, constataram que a musculação e outras atividades de força beneficiam diretamente o cérebro de quem tem esclerose múltipla, aumentando em até 40% o tempo entre a recorrência de surtos.

Alimentação

Falar de alimentação saudável também é importante nessa busca por qualidade de vida. Precisamos entender que, realmente, somos aquilo que comemos. Hoje, sabe-se que os nutrientes e substâncias existentes nos alimentos, de forma positiva ou negativa, vão contribuir para o metabolismo. Então, procurar conhecer mais sobre alimentação saudável, buscar um nutricionista, se possível, e saber mais sobre alimentos anti-inflamatórios são condutas essenciais nessa jornada.

Além do cuidado com o corpo e organismo, também é importante o cuidado com o emocional. Cada um, em seu momento de aceitação e superação nesse novo caminhar, deve buscar o autoconhecimento e aprender a gerenciar o estresse comum do dia a dia. Esse gerenciamento emocional, preferencialmente acompanhado por um terapeuta, torna-se um grande passo para esse despertar consciente de se ter uma vida com qualidade.

A busca de uma rotina saudável e a prática das atitudes citadas acima fazem com que a Esclerose Múltipla não seja um desafio, mas, sim, um marco importante na vida de quem optou por viver intensamente o despertar de cada dia, assim como fez o Well*.

Por Juliana Menezes, integrante da equipe do Projeto 50 Metros

*Wellington Oliveira recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla, em 2007, e resolveu encarar a doença de frente, buscando qualidade de vida. Criou o Projeto 50 Metros, por onde busca inspirar outros pacientes com EM a não fazerem da doença um obstáculo em suas vidas. 

Saiba mais sobre o Projeto 50 Metros

 

Uma resposta para “Um Surto, uma Mudança, outra Vida”

  1. Avatar de André França
    André França

    Bom dia, minha esposa tem EM, graças a Deus trabalha normal, ficou de cama um certo tempo, mas voltou e está bem hoje, reclama muito da parestesia, teria algo pra fazer em relação a parestesia?

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