A Academia Americana de Neurologia lançou um conjunto atualizado de diretrizes sobre o uso e a segurança de vacinas em pessoas com Esclerose Múltipla. As diretrizes são baseadas em uma revisão da literatura científica.
As principais conclusões são as seguintes:
1) Não há evidências definitivas de que as vacinas aumentem a probabilidade de uma pessoa desenvolver EM;
2) Quem tem esclerose múltipla deve receber vacinas de acordo com as diretrizes padrão de vacinas, incluindo as anuais contra a gripe. Confira algumas considerações especiais:
2.1) As pessoas que sofrem um surto grave devem adiar a vacinação de quatro a seis semanas após o início do surto.
2.2) As vacinas inativadas são consideradas seguras para quem tem EM. (exemplos: hepatite A, hepatite B, raiva, pólio-salk, influenza etc)
2.3) As vacinas vivas atenuadas não são recomendadas para quem tem EM. Avalie a necessidade junto ao seu médico. (exemplos: Sarampo, caxumba, rubéola, pólio-Sabin, febre amarela, varicela e BCG)
2.4) Pacientes em tratamento com imunossupressores devem consultar o neurologista antes de tomar qualquer vacina.
2.5) Pacientes que fazem uso do Ocrevus ou do Lemtrada devem consultar o neurologista antes de tomar qualquer vacina.
3) Algumas vacinas podem não funcionar tão bem em pessoas que tomam certas terapias modificadoras da doença, então, é preciso conversar com o médico sobre quais vacinas são seguras e quando é apropriado recebê-las.
4) As pessoas em surto devem esperar a recuperação antes de receber uma vacina.
Fonte: National Multiple Sclerosis Society
Foto: Cristiano Estrela
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