Atividade Física e Esclerose Múltipla: uma combinação possível

A importância de se realizar uma atividade física é sabida por todos e, para quem tem esclerose múltipla, incluir exercícios no dia a dia é fundamental. Mas sempre que falamos sobre EM e atividade física as dúvidas que surgem são: qual atividade escolher? O que podemos fazer? O que devemos evitar? Acompanhe as orientações de como escolher a atividade mais adequada para sua realidade. Vamos lá!

Sabemos que cada caso é único na EM e isso também deve ser levado em consideração na hora de escolher a atividade mais adequada. O primeiro passo é, junto ao seu médico, fazer uma avaliação funcional, por meio de um exame clínico, para saber as limitações físicas que a doença impõe, que podem impossibilitar o início imediato de alguma atividade física.

O que escolher a partir desta avaliação?

Nesse universo da EM, há pessoas praticando os mais diversos esportes. Existem aquelas que correm maratonas, participam de Ironmans, praticam Crossfit, lutam Judô, entre tantas outras atividades. Acreditem, já tivemos, inclusive, um jogador de futebol com a doença, disputando uma Copa do Mundo de Futebol. Mas, independente da atividade, o importante é a prática regular e continuada.

Ainda que existam muitas possibilidades, estudos recentes destacam duas atividades que têm mostrado resultados significativos, relacionando sua prática à EM. São elas a musculação e a yoga. Em relação à musculação, dados de pesquisas realizadas na Europa e no Canadá mostram um aumento de até 40% no período de remissão da doença, com a prática regular dos exercícios. Nenhuma outra atividade tem revelando um resultado tão significativo.

Já a Yoga é uma atividade que nos remete à prática associada ao controle e ao equilíbrio do corpo e da mente, que são fatores importantes quando pensamos que o estresse pode ser um dos principais gatilhos para desencadear novos surtos e que essa é uma prática que, certamente, minimiza esse fator. Hoje, a yoga e sua relação direta com a EM é um tema bastante pesquisado no ambiente científico, inclusive no Brasil, e seus resultados têm se mostrado animadores.

Outras atividades também merecem ser citadas:

– Exercícios funcionais e o pilates têm excelentes resultados no equilíbrio e na coordenação;

– A natação é uma ótima opção e tem a seu favor o controle da temperatura corporal, fator importante no controle de novos surtos;

– A dança e atividades coletivas em geral favorecem o inclusão e ajudam no combate à depressão, um dos sintomas frequentes da EM.

Poderíamos citar diversas outras atividades e benefícios alcançados com a prática de exercícios físicos, mas o mais importante é termos a certeza que uma atividade física adequada é um dos principais fatores de melhoria na qualidade de vida de pessoas com esclerose múltipla.

Minha última recomendação é a importância de se buscar um profissional capacitado para prescrever o treinamento mais adequado. Um trabalho multidisciplinar, em parceria com seu médico e outros profissionais, pode indicar o melhor caminho para garantia da qualidade de vida, desde que o trabalho seja bem orientado e tenha uma periodicidade adequada de acompanhamento.

É importante lembrar que, casos mais graves, como limitações físicas, visuais ou proprioceptivas podem indicar a necessidade de um período de reabilitação com um fisioterapeuta.

Bons treinos!

Por Wellington Oliveira; profissional de Educação Física; especialista em reabilitação cardíaca e doenças raras; integrante da equipe Esclerose Múltipla Rio, idealizador do Projeto 50 Metros e responsável pelo IG @emimpulso

Uma resposta para “Atividade Física e Esclerose Múltipla: uma combinação possível”

  1. Avatar de Maria da Consolação Martins
    Maria da Consolação Martins

    Se forço um pouquinho na musculação, os surtos dão sinal. N posso fazer abdominal pq tenho lesão na cervical….e hidroginástica não é o suficiente p reverter uma sequela…

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