O uso da fitoterapia na Esclerose Múltipla

O uso da medicina complementar, em especial dos remédios à base de plantas, vem aumentando nas últimas décadas. A terapia com ervas é considerada uma estratégia útil e estudos relatam que plantas medicinais têm vários efeitos terapêuticos frente a diferentes doenças, como câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas.

Recentemente, descobertas indicaram que alguns compostos fitoterápicos agem no reparo da mielina e levam à supressão da inflamação. Além disso, os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes das plantas medicinais, assim como outras propriedades úteis, tornam-as um remédio natural e seguro no auxílio ao tratamento de doenças neurodegenerativas.

Algumas plantas possuem efeito neuroprotetor, anti-inflamatório, antidepressivo e melhoram a fadiga, como, por exemplo, o gengibre (Zingiber officinale), o açafrão da terra ( Curcuma Longa), o açafrão verdadeiro (Crocus Sativus) e o ginseng (Panax Ginseng).

Outra planta muito estudada é o chá verde ( Camellia Sinensis L.), uma das bebidas mais antigas do mundo da família Theaceae. O chá verde é usado para vários fins diferentes, incluindo perda de peso, distúrbios cardiovasculares, inflamação e efeitos de proteção dos neurônios, além de aliviar a fadiga. As propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras da planta são atribuídas aos Polifenóis Epigalocatequina-3-Galato (EGCG), um dos mais importantes compostos ativos do chá verde.

Já o Ginkgo ( Ginkgo biloba) e a Erva de São João (Hypericum perforatum L.) são plantas que precisam de prescrição médica e que possuem o efeito de reverter o comprometimento cognitivo e de reduzir a fadiga em pacientes com EM. A Erva de São João também ganha destaque pelo seu efeito terapêutico relatado como antidepressivo, por inibir a absorção de dopamina, serotonina, noradrenalina, GABA e L-glutamato. Portanto, os estudos sugerem que a H. perforatum pode ser recomendado para pacientes com EM devido aos seus efeitos antidepressivos, antioxidantes e anti-inflamatórios.

É importante ressaltar que todas as plantas, assim como os medicamentos, devem ser individualizados por possuírem possíveis efeitos colaterais. Por isso, procure sempre um profissional da área para saber quais e como utilizar o poder das plantas.

Por Bianca Genoese (CRN4 14100767); Nutricionista clínica especializada em fitoterapia funcional; Integrante da equipe Esclerose Múltipla Rio.

 

Uma resposta para “O uso da fitoterapia na Esclerose Múltipla”

  1. Avatar de rosemeire rodrigues
    rosemeire rodrigues

    Bom dia, fiquei feliz em encontrar esse artigo. Tenho EM há 30 anos e a doença piorou um pouco mais nos ultimos 10 anos, mesmo assim acredito estar muito bem. Na epoca em que tive a crise no qual descobri a doença, procurando na internet li um artigo que já mencionava a Erva de São João e gostaria de poder tomá-la agora. Como devo proceder para fazer o chá ?

    – Acredito muito que as doenças estão aqui e a cura também.

    Att Rose

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