Você, certamente, já ouviu falar que as mulheres são as que mais apresentam diagnóstico de Esclerose Múltipla. Mas qual seria a explicação para isso? Ao longo dos anos, estudos realizados por neurologistas brasileiros e estrangeiros vêm trazendo respostas e argumentos bastante esclarecedores.
O perfil clínico e evolutivo da Esclerose Múltipla é claro e mostra que a doença é mais comum em pessoas do sexo feminino, jovens e de cor branca. Uma das evidências para esse quadro é o fato de as mulheres apresentarem índices mais baixos de vitamina D do que os homens, o que leva a maior incidência da doença, uma vez que a deficiência desta vitamina no organismo leva ao aumento da capacidade inflamatória das células do sistema imunológico.
Questões hormonais também estão relacionadas à Esclerose Múltipla. Em um estudo coordenado por neurologistas da Universidade La Sapienza, de Roma, foi observado que níveis anormais de estrogênio e de testosterona podem causar inflamações comuns da doença. De acordo com as conclusões, mulheres com EM possuem níveis mais baixos de testosterona do que as que são saudáveis.
Outra descoberta, este feita por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, indica que as mulheres são mais suscetíveis à EM, porque produzem níveis maiores da proteína chamada S1PR2. É ela que permite que as células de defesa do organismo atravessem os vasos sanguíneos até o cérebro. O estudo mostrou que a S1PR2 permite a abertura de uma barreira natural que, normalmente, bloqueia a entrada de substâncias potencialmente nocivas no cérebro. Quando aberta, ela parece permitir que as células inflamatórias que causam a EM entrem no sistema nervoso central.
Ainda que existam tais argumentações, vários outros estudos ainda estão sendo realizados por especialistas, na busca por respostas para a maior incidência da doença em mulheres.
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