O paciente com Esclerose Múltipla pode consumir café, mas não em altas doses, pois o consumo de cafeína em excesso pode ser prejudicial em determinadas situações. A quantidade ideal de consumo é de até três xícaras por dia.
E por que beber com moderação?
Por exercer ação estimulante do sistema nervoso central, se a cafeína for consumida em excesso pode causar irritabilidade, ansiedade e insônia. Além disso, pessoas com hipertensão arterial também não devem abusar do café, pois pode haver aumento da pressão arterial. Para pacientes com osteoporose ou osteopenia esse consumo deve ser moderado, pelo risco de uma possível má absorção do cálcio, o que, consequentemente, afetaria a saúde óssea. Para quem tem problemas como gastrite, úlcera, esofagite e náuseas, o excesso de cafeína pode agravar o quadro. A labirintite também é outra complicação que o excesso de cafeína pode prejudicar o tratamento.
Outra situação de atenção para o excesso de cafeína seria para as gestantes, já que a substância atravessa a barreira placentária, podendo aumentar os riscos de parto prematuro, bebê com baixo peso e até mesmo um risco maior de aborto. Adicionalmente a esse fato, mulheres que amamentam também devem ter atenção ao consumo de cafeína, pois podem deixar o bebê mais irritado, agitado e com dificuldade de dormir.
Nestas situações citadas acima, uma das soluções é o uso do café descafeínado, porém, também requer muita atenção no consumo exagerado, pois, normalmente, esse tipo de café ainda apresenta uma quantidade, mesmo que pequena, de cafeína.
Então, a moderação sempre deve ser a palavra chave!
Por: Marcela Guimarães; nutricionista (CRN 07101978)
Mestre e Doutora em Neurociências pela UNIRIO;
Pós-doutora pela Universidade de Oviedo – Espanha.
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